sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Diferença entre CLIMA e TEMPO


Apesar de serem freqüentemente usadas como sinônimos, as palavras CLIMA e TEMPO têm significados distintos. De acordo com a definição encontrada no dicionário, o clima é o conjunto de condições do tempo (pressão atmosférica, temperatura, ventos, umidade, etc.) que determina o estado médio da atmosfera nas regiões da Terra, enquanto o tempo se refere às condições meteorológicas numa região em certo período. O tempo refere-se ao estado momentâneo que ocorre em determinado lugar a partir do ar atmosférico, e o clima, que é duradouro, corresponde ao conjunto dos tipos de tempo que ocorrem em determinada região, tornando-se uma característica da mesma, sendo equivalente a um padrão geral das condições do ano nela durante um período de mais ou menos 30 anos.

Ao dizermos, em determinado momento do dia, que está quente e úmido, falamos do tempo, que pode mudar de um instante para outro, inclusive podendo se modificar diversas vezes em um só dia graças às massas de ar que estão em constante movimento na troposfera, influenciando o tempo e, conseqüentemente, o clima de diversos locais do planeta. Este, em uma determinada região, pode ser influenciado não somente pelo tempo, mas também fatores como altitude, maritimidade, continentalidade, relevo, correntes marítimas e vegetação. É importante lembrar que, apesar de duradouro, o clima não é imutável.

Os Elementos do Clima

Os elementos do clima, que atuam diretamente sobre ele, são utilizados para definir o tipo climático de uma determinada região. Eles estão apresentados a seguir, acompanhados de suas definições:

1. Temperatura atmosférica: é um dos elementos climáticos mais importantes e refere-se à quantidade de calor na atmosfera, cuja variação depende da sua localização e da circulação atmosférica, sendo, no Brasil, medida em graus Celsius (ºC) (apesar de existir também o Fahrenheit), por um aparelho chamado termômetro. A energia proveniente do sol aquece a superfície terrestre (hidrosfera e litosfera) e esta irradia calor para o ar. Dentre os fatores responsáveis pela variação de temperatura destacam-se a latitude, a altitude, o relevo, os ventos, as chuvas, a urbanização, entre outros.

2. Radiação solar: fornece quase toda a energia utilizada pela Terra. Esta energia é utilizada pelo mecanismo climático para fazer evaporar a água existente no planeta, aquecer e, conseqüentemente, movimentar a atmosfera. Resumindo, a energia solar é o motor que impulsiona o clima.

3. Umidade atmosférica: A umidade representa o vapor d'água contido na atmosfera ou, mais precisamente, na troposfera. Ela é o resultado da evaporação (maior nos oceanos e menor nos continentes) e da evapotranspiração, de acordo com a altitude, a latitude, os ventos e a temperatura. Ela apresenta grande importância para o clima e o tempo, pois desempenha o papel de reguladora térmica, além de que a quantidade de vapor e água na atmosfera determina a possibilidade de ocorrerem ou não precipitações. Costuma diminuir com o aumento da altitude e da latitude e é medida por um aparelho chamado higrômetro. Chama-se umidade absoluta a quantidade de vapor de água existente na atmosfera em um dado momento e ponto de saturação (ou de orvalho) quando a atmosfera recebe a quantidade limite de vapor de água - que varia de acordo com a temperatura -, liberando água que cai sobre o solo em forma de chuva ou outros tipos de precipitação.

4. Precipitação: é assim chamada porque o vapor d'água sobe, forma as nuvens, condensa-se e depois precipita-se. A principal modalidade de precipitação é a das chuvas, que acontecem sob uma condição fundamental: o arrefecimento do vapor de água contido no interior das nuvens. Quando o vapor de água se condensa muito acima da superfície terrestre, há a formação das nuvens responsáveis pelas chamadas precipitações atmosféricas não-superficiais, representadas pela neve, pelo granizo e pela chuva, a mais importante de chuva.

5. Massas de ar: são grandes volumes de atmosfera que apresentam características de pressão, temperatura e umidade, conforme os seus locais de procedência. Na Zona Intertropical formam-se massas quentes de ar, enquanto que nas Zonas Glaciais originam-se as massas frias ou polares. Estas massas de ar, por outro lado, podem ser úmidas ou secas conforme se formem no oceano ou no continente, respectivamente. O encontro de duas massas de ar, uma fria, geralmente seca, e outra quente e úmida, provoca mudanças significativas no tempo, trazendo nuvens e chuvas. O ar quente, mais leve, eleva-se por cima do ar frio, mais denso. Se o ar frio predominar, teremos uma frente fria; se, ao contrário, o ar quente avançar, teremos uma frente quente.

6. Ventos: é o ar atmosférico em movimento, que ocorre por causa das diferenças de temperatura e de pressão entre os diversos locais da terra (causados pelo deslocamento de massas de ar). Ele atua como agente de transporte efetivo, intervém na polinização e no deslocamento das sementes, além de serem um poderoso agente de erosão, remodelando a paisagem de muitos locais. O aparelho que mede o sentido de onde está vindo o vento chama-se biruta.

7. Pressão atmosférica: é a força atuante da atmosfera sobre a superfície terrestre, cujo valor é expresso milibares (mb). Em regiões onde as temperaturas são mais baixas a pressão atmosférica é maior, pois as moléculas de ar estão mais concentradas. No entanto, em regiões mais elevadas, de menor temperatura, também há menor concentração de moléculas de ar (ar mais rarefeito) e, neste caso, menor será a pressão. Além de variar em função da altitude, também varia em função da temperatura. À medida que a temperatura se eleva, o ar torna-se mais rarefeito (dilata-se) e, portanto, com menor pressão. Quando a temperatura diminui, a pressão é maior porque o ar torna-se mais denso (comprime-se). Quanto maior a latitude, mais frio e maior pressão atmosférica, assim como o contrário também ocorre.

Fatores Climáticos

Os fatores climáticos, que atuam indiretamente sobre o clima, são os elementos naturais e humanos capazes de influenciar as características ou a dinâmica de um ou mais tipos de climas e devem ser analisados em conjunto, já que uma localidade, por exemplo, pode estar perto do mar e ser seca, ou pode estar próxima à linha do equador e ser fria.
Os principais fatores são a latitude, a altitude, a maritimidade (a distância de uma localidade em relação ao mar), o relevo e as correntes marítimas, além daqueles relacionados às atividades humanas.
Abaixo estão apresentados os fatores climáticos e a forma como eles podem ter influência sobre o clima de uma região e do planeta.

1. Latitude (distância ao Equador medida ao longo do meridiano de Greenwich)
Observa-se, em regiões de baixa latitude (mais perto da linha do Equador), temperaturas mais elevadas. Isto deve-se à forma esférica da Terra, que faz com que elas recebem maior incidência da radiação solar (veja figura ao lado), como é o caso da zona tropical da Terra, situada entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. A insolação diminui a partir do Equador (onde os raios solares incidem perpendicularmente à superfície terrestre) em direção aos pólos (que têm elevada inclinação e reflexão dos raios solares). Portando, conclui-se que a temperatura diminui com o aumento da latitude.

2. Altitude (medida na vertical entre o nível médio das águas do mar e esse mesmo ponto)
Nas áreas de baixa altitude, a atmosfera mais densa retém e conserva o calor por mais tempo. Já nas áreas de altitude elevada, o ar mais rarefeito (de menos densidade entre as moléculas) tem menor capacidade de conservar o calor proveniente da energia do Sol (visto que a irradiação do calor é feita pelas superfícies sólidas e líquidas da Terra), ocasionando temperatura mais baixas. À medida que nos elevamos, a temperatura cai 1 ºC (aproximadamente) a cada 200 metros.

3. Continentalidade e maritimidade
O comportamento térmico das rochas difere do comportamento da água, influenciando a temperatura de forma acentuada. Acontece que a água demora mais pra esfriar do que a terra (demora a aquecer, mas conserva o calor por mais tempo), enquanto os continentes aquecem-se e esfriam-se mais rapidamente que os oceanos. Logo, nas cidades localizadas no interior do continente (continentalidade) o dia é muito quente e a noite fria (grande amplitude térmica, que corresponde à variação de temperatura), ao contrário das cidades localizadas próximas ao litoral (maritimidade), que apresentam baixa amplitude térmica.

4. Relevo
O relevo pode, também, facilitar ou dificultar a passagem de massas de ar, contribuindo para a diminuição ou o aumento da temperatura de uma região. Altas cadeias de montanha, por exemplo, podem dificultar a passagem de massas de ar marítimas, contribuindo para a formação de desertos.

5. Correntes marítimas
Correntes marítimas são deslocamentos de massas de água oceânicas geradas pela inércia de rotação do planeta, pelos ventos, diferenças de salinidade e temperatura das águas e conformação das bacias oceânicas que se movimentam por todos os oceanos do mundo distribuindo o calor. Além de apresentar influência direta na pesca, vida marinha e no clima, as correntes marítimas influem também na umidade. Isto porque as massas de ar quente provenientes do Pacífico se resfriam ao passar sobre as correntes, ocasionando condensação e chuvas. Elas chegam secas ao litoral e ao interior da América do Sul e do Norte, sendo, além de outros fatores, responsáveis pela existência de alguns desertos ao redor do globo.
As correntes quentes formam-se nas áreas equatoriais e migram para as altas latitudes, onde irradiam calor para o ar atmosférico. Já as frias formam-se nas áreas polares, migram para as baixas latitudes e provocam queda da temperatura nas áreas litorâneas próximas.
A Corrente do Golfo, por exemplo, que se desloca próxima à superfície, leva as águas aquecidas do trópico para o norte. Perto da Groenlândia, ela se esfria e afunda rapidamente, formando uma corrente fria que se desloca em sentido inverso, próxima ao fundo do oceano, transferindo o frio do Pólo Norte de volta para o Equador. Tal efeito é chamado de "bomba oceânica de calor". Esta corrente, então, ameniza o clima do litoral europeu e impede o congelamento das águas do Atlântico Norte no inverno.
Quanto à sua influência na pesca, é possível observar que as principais áreas pesqueiras do mundo localizam-se em locais de encontro entre correntes frias e quentes. Isto pode ser explicado pelo falto de que, para compensar o movimento das águas superficiais, as águas profundas são transportadas verticalmente para cima (fenômeno chamado de ressurgência), trazendo sedimentos ricos em nutrientes, além de que a iluminação solar aumenta a atividade biológica, atraindo grande quantidade de peixes.
Acredita-se que, se as correntes marítimas sofrerem alguma alteração, poderão causar mudanças substanciais no padrão climático, fazendo com que algumas regiões recebam mais chuvas e outras menos, tornando algumas áreas mais quentes e outras mais frias.

6. O fator humano
"A história da Terra registra grandes alterações climáticas mesmo antes da presença humana. A condição para o desenvolvimento da vida nas terras emersas do planeta dependeu, inclusive, de modificações na composição química da atmosfera. Mas estas mudanças ocorreram em grandes espaços de tempo.
Atualmente, as alterações climáticas e os problemas que elas projetam para o futuro são resultantes, principalmente, das atividades humanas. A poluição atmosférica tem aumentado em escala progressiva há mais de dois séculos, a partir da Revolução Industrial. A industrialização inaugurou o uso em grande escala dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), principais responsáveis pelas mudanças climáticas que ameaçam o planeta na atualidade.
A sociedade de consumo baseada no aumento da produção e oferta de bens materiais, é outra conseqüência da "civilização industrial". No século 20, o automóvel representou a face mais visível dos valores desta sociedade, hoje é o principal responsável pela poluição atmosférica nas grandes cidades.
A dilapidação dos recursos naturais, o desmatamento, a deterioração dos rios, a construção de represas e muitas outras realizações humanas, exercem também influências negativas sobre o clima. Lidar com estas questões e propor soluções estão entre os desafios a serem enfrentados no século 21."

Fonte do fator de número 6: UOL

Tipologia dos Elementos

Correntes Marítimas
As correntes quentes formam-se nas áreas equatoriais e migram para as altas latitudes, onde irradiam calor para o ar atmosférico. Já as frias formam-se nas áreas polares, migram para as baixas latitudes e provocam queda da temperatura nas áreas litorâneas próximas.

distribuição das correntes marítimas quentes e frias

Precipitações
As nuvens, que se originam de pequenas gotas de água ou gelo que flutuam em suspensão nas camadas mais elevadas da troposfera, são formadas pela condensação do vapor da água. Se essa condensação ocorrer junto à superfície, tem-se as chamadas precipitações superficiais. Nesse caso, pode formar-se o nevoeiro ou a neblina (gotículas suspensas no ar). Já o orvalho (gotas de água sobre as plantas e outros objetos), tem origem no resfriamento do ar durante a noite, que faz com que o vapor de água irradiado da Terra se condense à superfície. Quando a temperatura da superfície atinge zero grau, o orvalho se transforma em uma delgada camada de gelo: a geada.
Quando o vapor da água se condensa muito acima da superfície terrestre, temos a formação das nuvens responsáveis pelas chamadas precipitações atmosféricas não-superficiais, representadas pela neve, pelo granizo e pela chuva:


Neve: resulta da cristalização do vapor de água no interior ou um pouco abaixo das nuvens. O acúmulo da neve nas regiões frias (polares e altas montanhas) é responsável pela formação das geleiras.

Granizo: é constituído por gelo. Sua formação deve-se às fortes correntes convectivas (movimento vertical do ar), que realizam o transporte das gotas de água para as camadas mais elevadas e mais frias, onde se dá o congelamento. Pode provocar danos consideráveis, principalmente na agricultura.

Chuva: é a mais comum das precipitações e a mais benéfica para a humanidade e para os demais seres vivos. Resulta do contato de uma nuvem saturada de vapor de água com uma camada de ar frio. O ar pode ser resfriado de várias formas na atmosfera. Em geral, consideramos três tipos de chuva:

- Convectiva: resulta da ascensão vertical do ar, que, ao entrar em contato com as camadas de ar frio, sofre condensação e se precipita. É geralmente intensa, rápida, acompanhada de trovões e às vezes de granizo (chuva de verão ou equatorial).

- Frontal: resulta do encontro de uma massa de ar frio (frente fria) com uma massa de ar quente (frente quente). É menos intensa e mais duradoura. (veja imagem abaixo)



- Orográfica ou de relevo: É resultante do deslocamento horizontal do ar, que, ao entrar em contato com as regiões elevadas (serras e montanhas), sofre condensação e, conseqüente, precipitação. (veja imagem abaixo)


Precipitação média anual ao redor do mundo

Ventos

- Alísios: são ventos que, em superfície, sopram dos trópicos para o Equador (área ciclonal, de convergência de ventos). Nas áreas equatoriais, o ar quente (mais leve) e úmido sobe. Em altitude, o ar esfria e retorna aos trópicos, formando os contra-alísios. Em virtude do movimento de rotação, os ventos, a partir da área de dispersão, desviam para a direita no hemisfério norte e para a esquerda no hemisfério sul.

- Monções: em virtude de diferenças de temperatura e de pressão entre as massas continentais e marítimas, as monções de verão sopram do Oceano Índico (alta pressão) para o continente asiático (baixa pressão), trazendo nuvens e chuvas. A partir do inverno, as áreas de alta pressão se situam no continente asiático, invertendo a direção dos ventos e ocasionando um período seco: são as monções de inverno. As chuvas abundantes, provocadas pelas monções de verão, têm muita importância para a população asiática, pois favorecem a produção agrícola, principalmente do arroz, alimento básico da região.

- Brisas: durante o dia, as brisas sopram do oceano para o continente (brisa marítima). Durante a noite, elas sopram do continente para o oceano (brisas continentais). (Veja esquema abaixo)

Os tipos de clima do mundo

Que fatores definem o Clima?

O Clima de uma região, como já vimos, é determinado pela sucessão habitual dos tipos de tempo. Logo, em um longo período de tempo (avalia-se a cada 30 anos) pode ocorrer uma mudança do clima, fato que até hoje nunca aconteceu.
Os fatores climáticos -em ordem decrescente de influência- são latitude, altitude e correntes marítimas. Estes atuam sobre os elementos climáticos, como a precipitação e a temperatura, os mais importes, entre outros: umidade, pressão atmosférica, nebulosidade, vento, etc. Esses, por sua vez, formam o tempo, que, em suas sucessões, definem o clima.
Além disso, podemos relacionar as zonas climáticas ao tipo de clima que nelas ocorrem, pois a localização geográfica de cada um deve-se, principalmente, à inclinação do nosso planeta em relação ao Sol. Como podemos observar no mapa a seguir, devido a estas zonas, podemos classificar os climas em quentes, frios, temperados e de altitude.


Explicaremos a seguir cada clima do nosso mundo, detalhando alguns com imagens e gráficos que indicam a temperatura e a pluviosidade da região em que estes predominam.

Equatorial

Clima característico da região intertropical, com elevada temperatura média do ar, entre 24º C e 27º C e média mensal sempre acima de 18º C. Têm altos índices pluviométricos, não apresentando períodos de seca. Não existem estações definidas. A vegetação típica deste clima é a Floresta Equatorial.

(Kuala Lumpur - Malásia)

Tropical Úmido

Apresenta temperaturas elevadas no verão, chegando a 40º C, e suaves no inverno, em torno de 20º C, além de apresentar duas estações, a úmida e a menos úmida. Sua amplitude ter
mica anual é baixa, já as temperaturas médias mensais são altas durante o ano inteiro. A vegetação pode ser floresta úmida, savana alta ou savana baixa.
(Serra do Mar no Paraná, Brasil)

Tropical Seco

Apresenta duas estações, sendo a seca mais longa que a úmida. Ocorre na zona envolvente dos desertos e mantém temperatura elevada ao longo do ano. Não há muita precipitação, esta ocorre concentrada em três a quatro meses úmidos. A vegetação predominante é a savana.


(Caxito – Província do Bengo)


Desértico

Neste clima a pluviosidade é muito baixa, e irregular, porém pode haver precipitações elevadas em um curto período de tempo. As temperaturas médias diárias e anuais são bastante elevadas. A vegetação não é permanente.

(Uluru - Austrália)

Polar

A temperatura media anual situa-se abaixo de 0ºC e, no inverno, chega a –50ºC. Há pouca preciptação, que ocorre nos meses mais quentes. Os solos são permanentemente gelados e a vegetação é tundra. Existem duas estações.

(Barrow - Canadá)

Subártico

Os verões são frios e curtos e no inverno as temperaturas médias mensais podem chegar a serem inferiores a -40º C. A média anual de temperatura fica abaixo de 10º C
e amplitude térmica é elevada. As precipitações são escassas e caem sob forma de neve. A vegetação típica é a taiga, floresta de coníferas.

(Angmagssalik - Groenlândia)

Desértico frio

Este clima tem duas estações. No Verão as temperaturas médias mensais são elevadas e no inverno são baixas. A amplitude térmica anual e diurna são muito altas. A precipitação é muito reduzida e ocorre, principalmente, no verão. No inverno ocorre sob a forma de neve. A vegetação é a caatinga.

(Kalsalinsk - Cazaquistão)

Continental frio

Clima caracterizado por uma amplitude térmica muito elevada: A temperatura no verão chega a 15ºC, enquanto no inverno a -25ºC. A precipitação é escassa e ocorre principalmente no verão. Apresenta duas estações, o verão e o inverno.


(Fair Banks - Alaska)

Clima temperado continental

É um clima de extremo: Verão quente e chuvoso e inverno rigoroso, com queda de neve. Logo, a amplitude térmica anual é muito elevada. A vegetação típica é a pradaria.


(Moscovo - Rússia)

Clima temperado marítimo

A umidade é elevada o ano inteiro e as temperaturas moderadas devido à influência marítima. A amplitude térmica anual é relativamente pequena. A vegetação típica é uma floresta temperada, hoje bastante devastada.

(Valentia - Irlanda)
Subtropical úmido

Neste clima a amplitude térmica anual não é muito elevada. A temperatura média do mês mais quente ultrapassa, frequentemente, os 22ºC. O Inverno tem temperaturas moderadas, raramente inferiores a 0ºC. É caracterizado por ter quatro estações.

(Washington - EUA)

Mediterrâneo

As temperaturas médias mensais oscilam entre os 18ºC e os 25ºC; porém, a temperatura máxima pode atingir os 40ºC. Os verões são quentes, secos e longos e os invernos frios e/ou moderados úmidos e curtos. A vegetação é um bosque com plantas adaptadas às secas, com raízes profundas, chamado maquis (hoje intensamente devastado).


(Badajoz - Espanha)

Clima de altitude

O Clima de altitude está presente em qualquer lugar do planeta com altitudes elevadas. Quanto mais aumenta este fator, maior a precipitação e menor a temperatura. Sendo assim, apresenta temperaturas muito baixas, não ultrapassando os 10º C, e amplitude térmica baixa. Suas precipitações são muito abundantes e geralmente ocorrem sob a forma de neve.

(Santis - Suiça)

CURIOSIDADES!

Você sabia...

...Que o lugar mais chuvoso não é na zona equatorial?

As localidades mais chuvosas são aquelas localizadas em zonas equatoriais, mas o lugar que apresenta a maior média de precipitação acumulada no ano é em uma região tropical, que, na maioria das vezes, apresenta estação seca e chuvosa. Esta localidade é a montanha Waialeale, no Havaí, onde média anual de precipitação é de 11700 mm.

...Que o lugar com menor precipitação é aqui na América do Sul?

Os lugares mais secos do mundo são aqueles localizados em zonas áridas. Temos, como exemplos, o oriente médio na Ásia, a região da Patagônia na Argentina, a região norte da áfrica e o deserto australiano. Mesmo assim, de todos esses lugares, o que apresenta o menor índice de precipitação é o deserto do Atacama na cordilheira dos Andes, da parte chilena, onde apresenta, nas partes mais secas, índice de 0mm. Em mais de 10 anos, algumas partes do deserto de Atacama não registraram mais de 5mm.

Deserto do Atacama, Chile

...Que existe um lugar que no inverno registra temperaturas iguais a da Antártida?

A cidade de Verkoiansk na Rússia apresenta temperaturas no inverno tão baixas quanto a temperatura do Pólo Sul da Antártida, que já registrou -89ºC, onde a temperatura no inverno chega facilmente a -60°C e no verão as maiores temperaturas não são superiores a -5°C. A menor temperatura registrada nesta cidade é de -80°C. Mesmo assim, no verão, essa cidade registra temperaturas de até 30ºC no mês mais quente!

...Que o Oriente Médio é o lugar onde apresenta uma das maiores amplitudes térmicas diárias?

Num mesmo dia, no Oriente Médio, as temperaturas podem variar em 30ºC! Lá não é raro que no fim do inverno a temperatura mínima chegue a ficar em torno de 2ºC; mas com o decorrer do dia, à tarde a máxima chega a 35ºC. A média de temperaturas máximas nessa região chega a mais de 45ºC no verão.

...Que existe um Mar dentro do Oceano Atlântico?

As suas águas são quentes, limpas e azuis. Ele está situado no meio do Oceano Atlântico, perto dos Açores, e não tem nenhuma linha costeira. Este é o Mar do Sargaço, também conhecido como “Deserto Flutuante”. O Mar é formado pela corrente do Golfo e pela corrente Equatorial Norte, que formam um círculo oval que roda no sentido dos ponteiros do relógio. Apesar de um terço do plâncton do Atlântico ser produzido aqui, não existem nutrientes suficientes para atrair os peixes.

...Qual a máxima temperatura já registrada na Terra? E a mínima?

A mais alta temperatura que se tem notícia na Terra, 58 graus centígrados, foi registrada na cidadezinha de El Azizia, perto de Trípoli, na Líbia, norte da África, em 13 de setembro de 1922. Já a menor temperatura registrada foi de 89,02 graus abaixo de zero, em 21 de julho de 1983, na estação soviética de Vostók, na Antártida, em 21 de Julho de 1983. Nessa paisagem gelada, os termômetros marcam, habitualmente, entre 30 e 60 graus negativos.


Vostók, Antártica

Al Alziza, Líbia

Como se faz a previsão do tempo? Por que ela erra tanto?

Trata-se de uma operação mundial, altamente automatizada. Isso é necessário porque as condições meteorológicas em uma determinada região do planeta podem afetar outras partes do globo. Só para elaborar a simples previsão que assistimos todos os dias na TV, é posto em marcha um exército de dezenas de milhares de pessoas no mundo inteiro, além de equipamentos dos mais diversos e complexos. Depois de toda essa coleta de dados, as informações obtidas em cada país são enviadas aos centros meteorológicos mundiais. Neles, tudo o que foi coletado é processado em computadores, junto com imagens de satélites. O resultado é o chamado "estado inicial global", um amontoado de números que descreve, da maneira mais fiel possível, a situação do clima mundial em um único instante. Sabendo como está o tempo agora, é possível prever como ele se tornará no futuro, por meio de complexas equações matemáticas.
No Brasil, o estado inicial global é processado no supercomputador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), órgão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Cachoeira Paulista. O CPTEC também faz previsões regionais, que descrevem o clima brasileiro com mais detalhes. Por fim, na ponta da cadeia, estão os meteorologistas contratados para as previsões que saem na mídia. Tendo acesso às previsões regionais, globais e às imagens de satélite, eles elaboram o próprio diagnóstico pessoal. A previsão pode errar por vários motivos. Primeiro, o clima é um dos fenômenos mais complexos da natureza e nem todos os fatores e leis que o governam são totalmente conhecidos. Outra causa de erro são falhas e lacunas nas observações, que resultam em um modelo global menos preciso. Tudo isso faz com que as equações processadas se desviem da realidade à medida que avançam para o futuro.
"A previsão para o dia seguinte é quase 100% segura, mas prever o clima para um mês inteiro é um tiro no escuro", afirma Ricardo de Camargo, professor de Meteorologia da Universidade de São Paulo (USP).
ESFORÇO COLETIVO
Radares, navios, satélites e até aviões de passageiros colaboram na coleta de dados

CÉREBROS GLOBAIS
Três centros meteorológicos mundiais - em Washington (Estados Unidos), Moscou (Rússia) e Melbourne (Austrália) - reúnem a gigantesca quantidade de dados coletados e produzem um modelo computadorizado que representa a temperatura, os ventos, a pressão atmosférica e a umidade do ar em cada ponto do globo. Esse modelo vai servir de base para as previsões feitas em cada país.

UMA REDE METEOROLÓGICA MUNDIAL
O clima é um fenômeno global e conhecê-lo pede um esforço com o mesmo alcance. Por isso, uma convenção de países criou, em 1947, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), hoje filiada às Nações Unidas e com 185 membros. Cada país tem um centro meteorológico nacional, responsável por reunir os dados coletados em seu território. Todos são ligados em uma rede de dados (à esquerda) por cabos submarinos e satélites.

AJUDA MARÍTIMA
Navios comerciais também podem ajudar voluntariamente, fazendo o papel de estações de superfície onde não há terra. Alguns têm equipamentos automáticos que enviam dados sobre a temperatura do mar e a atmosfera. Outros dependem da tripulação para colhê-los.

BASES LOCAIS
Centros meteorológicos nacionais são os responsáveis por reunir as informações colhidas em todo o território do país, organizá-las, e enviá-las para os centros mundiais, onde irão ajudar a compor o modelo global. O centro brasileiro é o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Brasília.

DO FUNDÃO À SUPERFÍCIE
Bóias meteorológicas remotas, algumas fixas no fundo do mar, algumas à deriva, complementam o trabalho dos navios enviando dados por rádio às centrais. Há aproximadamente 700 delas espalhadas pelo mundo.

DE PONTA A PONTA
Satélites de órbita polar voam a apenas 850 quilômetros da Terra, percorrendo o globo de pólo a pólo. Essa trajetória lhes permite registrar aquilo que os geoestacionários não podem. Por estarem mais próximos, também fornecem imagens mais detalhadas. Os satélites NOAA-12 e NOAA-14 atravessam o território brasileiro de norte a sul.

COLABORAÇÃO AÉREA
Linhas aéreas comerciais são uma das fontes mais importantes de observações meteorológicas, porque, através de convênios, os milhares de vôos de carreira que partem dos aeroportos todos os dias também informam sobre o clima dos lugares por onde passam. No Hemisfério Sul, onde há muito menos linhas aéreas, a observação fica prejudicada.

OBSERVAÇÃO CONTÍNUA
Balões atmosféricos ficam à deriva por vários dias sobre determinadas regiões. Sua função é medir as variações climáticas durante períodos mais longos.

POSTO TERRESTRE
Estações de superfície medem, a cada hora que passa, a quantidade de chuva e outros dados sobre o clima. São mais de 10 000 postos em todo o mundo, alguns automatizados, outros com operadores de plantão. O Hemisfério Sul tem menos estações, pois boa parte da sua área é ocupada por oceanos.

SENTINELA ESPACIAL
Sondas estratosféricas descartáveis estudam a atmosfera verticalmente a partir da estação em que são lançadas. Elas transmitem de forma continuada para a Terra dados sobre temperatura, pressão, umidade e velocidade do vento a uma altura de até 30 quilômetros.

COMPUTADOR PROFETA
No Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, no interior de São Paulo, o estado inicial global - recebido dos centros mundiais - é processado em supercomputadores. A partir desse modelo, eles simulam matematicamente como será o clima nos próximos dias.

INTEMPÉRIE À VISTA
Radares meteorológicos, na maioria das vezes construídos no pico de altas montanhas, formam uma imagem do nível de precipitação (chuva, neve etc.) em um raio de até 400 quilômetros à sua volta. Eles conseguem detectar tornados e furacões.