sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mudanças Climáticas

Introdução

As mudanças climáticas são alterações que ocorrem no clima geral do planeta Terra que podem ser tanto um efeito de processos naturais ou decorrentes da ação humana e correspondem à variação de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenômenos climáticos verificados através de registros científicos nos valores médios ou desvios da média, apurados durante o passar dos anos. Tais variações podem alterar as características climáticas de uma maneira a alterar sua classificação didática e podem ser causadas por processos internos ao sistema Terra-atmosfera, por forças externas (como, por exemplo, variações na atividade solar) ou, como vem ocorrendo mais recentemente, pelo resultado da atividade humana. Elas são produzidas em diferentes escalas de tempo em um ou vários fatores meteorológicos como, por exemplo: temperaturas máximas e mínimas, índices pluviométricos (chuvas), temperaturas dos oceanos, nebulosidade, umidade relativa do ar, etc.

Atualmente as mudanças climáticas têm sido alvo de diversas discussões e pesquisas científicas. Um significativo aumento na temperatura global foi verificado nas últimas décadas, fenômeno conhecido como aquecimento global, gerado pelo aumento da poluição do ar. Como conseqüência o gelo das calotas polares está derretendo e o nível de água dos oceanos vem aumentando, além do processo de desertificação que também tem aumentado nas últimas décadas em função das mudanças climáticas.

É importante ressaltar que o termo “mudança do clima” ou “mudanças climáticas” vem sendo utilizado de forma pouco apropriada, já que ele também pode ser usado tanto para indicar as mudanças climáticas atuais, bem como o aquecimento global originado em causas antropogênicas, ou seja, causadas pela atividade humana.

Causas


As mudanças climáticas são provocadas por fenômenos naturais ou por outras razões, como a ação humana. Estas vem sendo explicadas de formas diversas e a partir de diferentes perspectivas. Não há, no entanto, uma teoria comprovada capaz de concluir o que realmente está provocando o aquecimento global que é, sem dúvida, um fato. Porém sabe-se que as mudanças climáticas têm sido mais intensas desde a Revolução Industrial (século XVIII), momento em que houve um aumento significativo na liberação de gases tóxicos e poluentes no ar.
Entre as causas comprovadas e as prováveis encontram-se as seguintes:

Causas Naturais: o fenômeno da mudança do clima é um evento que pode acontecer de forma natural. Assim, esse fenômeno pode ter causas com origem externa, de fora do planeta, bem como origem terrestre.

Influência externa:
dentre as causas com origem fora do globo terrestre temos as causas com origens solares, que vão desde a variação da energia solar que chega a terra até a variação da própria órbita terrestre.

Ciclo Solar: a temperatura da Terra depende do Sol, que emite radiação. A radiação solar é parcialmente refletida para o espaço e o tem seu restante absorvida pela Terra em forma de calor. Esta energia não chega à Terra de maneira uniforme, apesar do Sol ser uma estrela de classe G e ser muito estável, essa energia aumenta cerca de 10% a cada um bilhão de anos, ou seja, no início da vida na Terra, quase quatro bilhões de anos atrás, a energia do Sol era em torno de 70% da atual. Outro tipo de variação da radiação solar ocorre em decorrência dos ciclos solares, que são mais importantes que a primeira, no que diz respeito à mudança do clima terrestre, visto que essa variação é uma oscilação e não somente um crescente e ocorre em períodos mais curtos.

Variação Orbital: é o aumento, ou diminuição, das radiações solares devido às variações no movimento da Terra em relação ao Sol. A variação orbital ocorre periodicamente, fazendo com que a radiação solar chegue de forma diferente em cada hemisfério terrestre de tempos em tempos. Ela é responsável pelas variações glaciares, que são períodos de longos verões e longos invernos. Essa variação tem como causas: a precessão dos equinócios, a excentricidade orbital e a inclinação do eixo terrestre.

Impacto de Meteoritos:
são eventos raros, mas também podem modificar o clima na terra, já que impactos de grandes proporções podem modificar profundamente a biosfera.

Influência Interna: as causas com origem interna são as mais variadas. Dentre elas temos a deriva dos continentes, movimentação das placas tectônicas sobre a astenosfera, que é algo em torno de centímetros por ano,o que poderia provocar um distúrbio na atmosfera, já que os movimentos orogenéticos de formação de montanhas também poderiam estar prejudicando a circulação dos ventos.

Causas Antropogênicas

- Emissão de gases do efeito estufa: a maioria dos cientistas atribui aos gases do efeito estufa como o gás carbônico, que em excesso, aumentaria a temperatura, retendo mais calor. Entretanto, podemos notar que noutros lugares, o que retém calor é o vapor de água. Outros dizem o contrário sobre o gás carbônico, que o seu aumento na atmosfera reduziria a incidência solar e, conseqüentemente, abaixaria a temperatura. Outros fatores antropogênicos que adicionam a um aumento no dióxido de carbono incluem o desmatamento, a queimada dos combustíveis fósseis e o cultivo do gado. Como já foi dito, o início desse ciclo de liberação de gases prejudiciais na atmosfera terrestre em grande escala ocorreu na Revolução Industrial, onde predominou a queima de combustíveis fósseis e a exploração predatória dos recursos naturais da Terra.

Aquecimento Global


Ao lançar muitos gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, o planeta se torna quente cada vez mais, podendo levar à extinção da vida na Terra, ou seja, há um agravamento no efeito estufa, caracterizando o chamado aquecimento global. É bom salientar que o efeito estufa é um fenômeno natural para manter o planeta aquecido. Desta forma é possível a vida na Terra. Já o aquecimento global, acontece quando são lançados mais gases de efeito estufa do que as florestas e os oceanos são capazes de absorver. Isso acontece de diversas maneiras como a queima de combustíveis fósseis (como petróleo, carvão e gás natural) e o desmatamento. O gás carbônico (CO2) contido na fumaça oriunda desse incêndio sobe para a atmosfera e se acumula a outros gases aumentando o efeito estufa. No Brasil, 75% das emissões são provenientes do desmatamento.
Existem várias maneiras de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. Diminuir o desmatamento, incentivar o uso de energias renováveis não-convencionais, eficiência energética e a reciclagem de materiais, melhorar o transporte público, conscientizar a população do gasto desnecessário dos recursos, são algumas das possibilidades.

Causas


O sistema climático terrestre muda em resposta a variações em fatores externos incluindo variações na sua órbita em torno do Sol, erupções vulcânicas,e concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa. As causas detalhadas do aquecimento recente continuam sendo uma área ativa de pesquisa, mas o consenso científico identifica os níveis aumentados de gases estufa devido à atividade humana como a principal causa do aquecimento observado desde o início da era industrial. Essa atribuição é mais clara nos últimos 50 anos, para os quais estão disponíveis os dados mais detalhados. Contrastando com o consenso científico, outras hipóteses foram avançadas para explicar a maior parte do aumento observado na temperatura global. Uma dessas hipóteses é que o aquecimento é resultado principalmente da variação na atividade solar.

Conseqüências

Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente, o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Importantes mudanças ambientais têm sido observadas e foram ligadas a ele. A diminuição da cobertura de gelo, o aumento do nível do mar, as mudanças dos padrões climáticos, são exemplos das conseqüências do aquecimento global que podem influenciar não somente as atividades humanas, mas também os ecossistemas. Aumento da temperatura global permite que um ecossistema mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus hábitats (com possibilidade de extinção) devido a mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas, desequilibrando a vida na Terra.


Urso polar, animal ameaçado de extinção por causa do derretimento das calotas polares, provocada pelo aumento da temperatura

Quando pensamos em aquecimento global, a primeira idéia que temos é de um fênomeno totalmente prejudicial; entretanto, ele também pode ter efeitos positivos, uma vez que aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a produtividade do ecossistema. Observações de satélites mostram que a produtividade do hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da quantidade de biomassa produzida não é necessariamente muito boa, uma vez que a biodiversidade pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de espécies que esteja florescendo.

O aquecimento da superfície favorecerá um aumento da evaporação nos oceanos, o que fará com que haja na atmosfera mais vapor de água (o gás de estufa mais importante, sobretudo porque existe em grande quantidade na nossa atmosfera). Isso poderá fazer com que aumente cada vez mais o efeito de estufa e com que o aquecimento da superfície seja reforçado. Forma-se, assim, um ciclo vicioso e de difícil reversão. Nesse caso, pode se esperar um aquecimento médio de 4 a 6°C na superfície terrestre. Mas mais umidade no ar pode também significar uma presença de mais nuvens na atmosfera, podendo causar um efeito de arrefecimento.

As nuvens têm de fato um papel importante no equilíbrio energético porque controlam a energia que entra e que sai do sistema. Podem arrefecer a Terra, ao refletirem a luz solar para o espaço, e podem aquecê-la por absorção da radiação infravermelha radiada pela superfície, de um modo semelhante aos gases estufa. O efeito dominante depende de muitos fatores, nomeadamente da altitude e do tamanho das nuvens e das suas gotículas. Por outro lado, o aumento da evaporação poderá provocar pesados aguaceiros e mais erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar resultados mais extremos no clima, com um progressivo aquecimento global.

A Corrente do Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças de temperatura entre os mares. E aparentemente ela está diminuindo à medida que a temperatura média global aumenta. Isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas pela corrente poderão apresentar climas mais frios por causa aumento do aquecimento global.

O aumento no número de mortos, desabrigados e perdas econômicas previstas devido ao clima severo atribuído ao aquecimento global pode ser piorado pelas densidades crescentes de população em áreas afetadas, apesar de ser previsto que as regiões temperadas tenham alguns benefícios menores, tais como poucas mortes devido à exposição ao frio.

Efeitos adicionais antecipados incluem aumento do nível do mar de 110 a 770 milímetros entre 1990 e 2100, repercussões na agricultura, possível desaceleração da circulação termoalina, reduções na camada de ozônio, aumento na intensidade e freqüência de furacões, baixa do pH do oceano e propagação de doenças como malária e dengue. Um estudo prevê que 18% a 35% de 1103 espécies de plantas e animais serão extintas até 2050, baseado nas projeções do clima no futuro.
Vídeo da Fundação O Boticário sobre as mudanças climáticas

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